sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Cronicas das Trevas Antigas


Cronicas das Trevas Antigas é uma serie de livros escritos por que Michelle Paver publicado no Brasil pela editora Rocco conta a historia de Torak, um garoto que viveu no período apos a era do gelo, onde as pessoas viviam em clãs, alguns ainda eram nômades, não havia a agricultura, onde caçavam, pescavam, dependiam total e completamente a se adaptar ao meio no qual viviam.
A série é composta por seis livros:
 - Irmão Lobo
 - Espirito Errante
 - Devorador de Almas
 - Desterrado
 - Perjuro
 - Caçador de Fantasmas

Comprei o primeiro por indicação da Dani (minha namorada) que vivia falando dessa serie, simplesmente me apaixonei pela forma como tudo funciona no livro, a imersão que a autora proporciona ao leitor ao detalhar tudo que acontece com os personagens de forma a nos transportar à imensidão de uma floresta, ou ao meio do mar junto a orcas, sentir o frio de uma geleira . Interessante a forma como ela expressa os pensamentos de um dos personagens mais maravilhosos da serie, Lobo, é fantástico como conseguimos visualizar um lobo pensando realmente da forma como ela escreve. Nos livros se percebe a pesquisa feita pela autora, o que torna tudo muito aceitável  é divertido olhar para o mundo de Torak e imaginar o que realmente está acontecendo com uma visão moderna dos acontecimentos, com tudo que sabemos (ou imaginamos saber) e perceber que existe muita magia no mundo nos simplesmente não notamos, ou nos tornamos tão céticos com nossa ciência e conhecimento, que deixamos de vê-la com a pureza que existia nos povos antigos.
Logo depois de meu encontro e o amor a primeira leitura de "Irmão Lobo", acabei comprando em uma promoção os 5 livros (inclusive o primeiro novamente), os quais devorei na medida do possível. Agora só me falta o ultimo "Caçador de Fantasmas" para terminar a maravilhosa historia de Lobo e seu irmão de alcateia Torak .



segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo 1 – Poder verdadeiro (por Igor Fernando - @tempestate)





É muito comum em jogos eletrônicos de RPG’s, pessoas de origens diferentes, com poderes diferentes se unirem para deter um mal em comum. Isso também acontece com frequência em animes, jogos e até filmes. Crônica dos senhores de Castelo bebe muito dessa fonte, assim como star Wars, aventuras Steampunk, e varias outras coisas nerds. E mesmo com uma mistura tão grande de elementos os autores G. Norris e G. Brasman se saem muito bem contando essa historia, talvez por conhecer bem suas influencias.
Então conhecemos o reino de Agas’B, e os Senhores de Castelo, pessoas com poderes especiais que protegem o mundo ( algo bem parecido com jedis). Dois deles Kullat e Thagir estão em missão, quando encontram com a princesa Laryssa, que está em busca de um artefato mágico. Mesmo com essa história que poderia apontar facilmente para o clichê os autores conseguem criar um enredo divertido a começar pelos personagens, cada um com sua personalidade bem elaborada Os três protagonistas (quatro se contarmos o robô Azio) têm seus medos, desejos e dramas. Sobre a ação é preciso dizer que Crônica dos Senhores de Castelo tem muita, muita ação. E embora Norris e Brasman sejam bem hábeis em narrá-las, acaba havendo excessos. Algo que acontece muito com Michael Bay, diretor da franquia transformes e Bad Boy, da qual em suas produções tem tanta ação durante a história, que quando a derradeira sequencia de ação chega e por tradição deveria ser maior, acaba perdida entre tantas as outras. No final essa acaba sendo um defeito pequeno, entre tantas outras qualidades. Entre elas da para lembrar que as 236 páginas passam de forma rápida, e a historia não fica cansativa. E apesar desse ser apenas o primeiro de uma serie, o final é bem conclusivo, mesmo tendo o típico gancho para o próximo livro. Do ponto de vista gráfico o livro é impecável, a começar pela bela capa e também pelas diversas ilustrações na parte interna.
Apesar de alguns defeitos Crônicos dos Senhores de Castelo merece ser lido, pois se trata de um livro diferenciado ( principalmente ao compararmos com os atuais livros de fantasia) e despretensioso, e principalmente divertido

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Sherlock - A série por Igor(@tempestate)


Além de ser escritor Sir Arthur Conan Doyle, também era médico, jogou futebol amador, críquete, boliche e golfe. Ele também foi pugilista, corredor de automóvel e inventou o capacete de aço e o salva-vidas. Reza a lenda que depois do sucesso de seu Sherlock Holmes, algumas vezes ele ajudava a polícia a resolver casos, com seu método de dedução. Mas é pouco provável que mesmo alguém com tão diversas habilidades quanto ele fosse capaz de prever o sucesso que seu detetive faria tanto tempo depois. Podemos citar a divertida série cinematográfica dirigida por Guy Ritchie, o seriado House MD que tem claras influências em Holmes, especialmente no racionalismo dos protagonistas e as deduções. E além disso a CBS está produzindo Elementary, uma nova série em que Watson é uma mulher (?)
Entre tantas produções feitas sobre o detetive, Sherlock se destaca. A série foi produzida em 2010, tendo duas temporada, cada uma com três episódios de noventa minutos.

A primeira coisa que chama atenção é que a história se passa nos dias de hoje, e o que poderia ser um ponto negativo acaba se tornando um dos fortes da série. Vários elementos dos livros foram bem adaptados para século XXI, quem leu Um estudo em vermelho sabe o que acontece é relatado pelas memórias de Watson em seu diário, na série o medico posta os casos em um blog, o mesmo acontece com Sherlock que tinha publicado seu artigo A ciência da dedução no jornal e aqui ele publica a mesma matéria em seu Website. Com esse pequenos detalhes a série se mantem fiel ao espírito dos livros. Também outras várias coisas foram mantidas exatamente como eram, o apartamento no 221B da Baker Street, o violino, a lupa. E já que a história se passa nos dias de hoje a produção utiliza belas tomadas externas de Londres, incluindo a London Eye.
No campo da atuação o elenco é impecável. Benedict Cumberbatch faz um Sherlock memorável, é verdade que a primeira vista ele parece ser jovem demais para o papel, mas a grande atuação dele compensa. Um exemplo disso é no episódio The Great Game, da qual ele tem apenas 10 segundos para resolver um enigma ou uma criança morre. O desespero que ele consegue transmitir nos  poucos segundos em que tenta resolver o enigma é algo bem palpável. Martin Freeman também faz um bom Doutor Watson, dando o carisma certo para o mal-humorado personagem.
Um detalhe digno de nota é o Moriarty de Andrew Scott. Ele simplesmente faz um dos melhores vilões dos últimos tempos. Sua atuação passa com leveza do sério para o cômico, as vezes cartunesco, ora intimidador. O timbre de voz, um pouco mais agudo que o normal, a forma quase infantil que ele diz suas falas, para depois simplesmente gritar com a voz grave. Tudo isso contribui para um Moriarty épico e completamente assustador.
Da parte do roteiro, algo interessante é a forma como as deduções de Sherlock aparecem na tela, cada informação que Holmes descobre é mostrada, seja com letras, números, ou os possíveis fatos para a solução de um enigma. Tudo isso da sensação de como a mente de Sherlock Holmes funciona.
Até agora a série já teve seis episódios, sendo que o único abaixo da media foi The Blind Banker, segundo episódio da primeira temporada e mesmo assim teve mais qualidade que muitas séries de hoje em dia.
O último episódio da segunda temporada foi incrível, talvez o melhor de todo seriado, nele temos finalmente o confronto entre Holmes e Moriarty. O final foi surpreendente e teve muita gente assistindo os 5 minutos finais para tentar entender o que aconteceu, cada um formulando a sua teoria.
A terceira temporada será filmada em janeiro de 2013 sendo lançada em agosto. Boatos dizem que essa seria a última, o que seria uma pena, por que mesmo com doses homeopáticas de três episódios por ano, é sempre bom ver Sherlock, a melhor serie de investigação da atualidade.